Ilha do Sal (Cabo Verde)

Numa recente fuga ao frio de Março em Paris, aterrámos na ilha do Sal, onde a temperatura no inverno ultrapassa os agradáveis 20 graus ainda que sempre ventoso. A terra da morabeza tem gente simpática e descontraída numa ilha de uma beleza bastante singular.


A ilha do Sal é extremamente árida, quase desprovida de vida vegetal, repleta de paisagens desérticas ou mesmo lunares, que recorda-nos que estamos à mesma latitude que o deserto Saara.
O azul-turquesa do mar contrasta com a terra, ao longo da costa existem magníficas praias de areia dourada e dunas.



A paisagem da ilha do sal, aborrecida para alguns, proporciona excelentes oportunidades fotográficas quando procuramos as suas melhores perspectivas e normalmente ao final do dia.

O vento está sempre presente durante o inverno. A rara vegetação existente é moldada à sua vontade, como a copa desta árvore totalmente desproporcionada para a esquerda.

A cratera de sal

No início, a ilha chamava-se Llana, mas assim que se descobriu as salinas, tornou-se evidente no que iria ser o motor económico da ilha, a exportação do sal.

Atualmente, a produção de sal faz-se, em pequena escala, apenas para consumo.

A salina de Pedra de Lume encontra-se no interior de uma cratera de um vulcão extinto. As ruinas, do complexo industrial de exportação do sal, ficaram quase intactas desde a época em que foram abandonadas.


O complexo inclui um teleférico, em madeira, que servia para transportar o sal até ao porto.

Mergulho no sal

O mergulho na ilha do sal é bastante interessante. Os principais spots encontram-se todos perto da praia de Santa Maria (no máximo a 20min de navegação). As condições de mergulho, nesta altura do ano (Março), não são geniais: 20 graus de temperatura da água e 7-12 metros de visibilidade. No entanto, no verão a temperatura chega aos 28 graus e as visibilidades duplicam.

O melhor naufrágio da ilha, o Boris, é bastante impressionante mesmo com a fraca visibilidade deste mergulho em Março.

Um grande obrigado ao Fernando que, além de ter sido um excelente guia de mergulho, também disponibilizou-se para modelo fotográfico.

A simbiose clássica entre o camarão que se alimenta dos restos de comida e parasitas na boca de uma moreia, e esta que beneficia da limpeza.

Em todos os mergulhos, os peixes trombeta são a presença mais habitual assim como várias espécies de moreias.

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